Como funciona uma entrevista técnica com um profissional de TI?

Publicado: março, 2022

Para a contratação de um profissional de tecnologia da informação qualificado, o processo de recrutamento e seleção precisa transpassar a análise de currículo.

Atualmente, os candidatos enfrentam a chamada entrevista técnica, composta por várias etapas que exigem, muitas vezes, grande dedicação, preparo e paciência até que a contratação – de fato – aconteça.

Em um processo de recrutamento tradicional, para vagas das mais diversas áreas, os headhunters costumam seguir um roteiro básico, que normalmente envolve:

1. Divulgação da vaga (descrição do perfil, habilidades e competências);
2. Disponibilização de formulários on-line para preenchimento do currículo geral (experiências profissionais, escolaridade, cursos etc.);
3. Em alguns casos, realização de testes lógicos (matemática e português);
4. Seleção dos candidatos;
5. Agendamento de entrevistas com os profissionais de RH, com o coordenador ou gerente da área de atuação;
6. Apresentação de proposta de emprego, em caso de aprovação do candidato.

Mas, e no mercado de TI, como são realizadas, costumeiramente, as entrevistas?

Quando os processos seletivos estão relacionados à área da tecnologia da informação, como estamos falando de um mercado superaquecido, você precisa estar preparado para ir além: ou seja, enfrentar as entrevistas técnicas.

Isso mesmo!

As vagas para esse setor possuem a característica de necessitarem de perfis bem específicos e que tenham grande domínio e conhecimento em determinadas frentes.

E para que o processo de contratação do melhor profissional seja eficaz, as perguntas técnicas aparecem como forma de comprovar a experiência do candidato no assunto.

Como funcionam as entrevistas técnicas?

Antes de mais nada, o recrutador, que pode ser ainda um representante do RH,  precisa “quebrar o gelo” do bate-papo.

Para isso, ele realiza algumas perguntas de cunho pessoal, como por exemplo: Qual é seu esporte favorito? O que você costuma fazer nos finais de semana? Está assistindo a alguma série ou lendo algum livro no momento? Qual seria a sua viagem perfeita?

A partir dessas perguntas, é possível conhecer quais são os interesses desse candidato e compreender se ele realmente tem o interesse de agregar e, principalmente, permanecer por um longo tempo dentro da organização.

Além disso, também é possível identificar de que forma ele atua, quando o assunto é trabalho em equipe.

Com todas essas respostas em mãos, os headhunters já conseguem definir as principais habilidades comportamentais do candidato e entender se elas são compatíveis com a cultura da empresa.

Nesta fase, é importante também relembrar que grande parcela dos profissionais dessa área não precisa se candidatar, necessariamente, a uma vaga para participar de um processo seletivo, porque os headhunters têm os abordado cada vez mais por meio de plataformas como o LinkedIn.

Então, para o “quebra gelo”, ainda seria interessante incluir um momento para o recrutador falar sobre a empresa, para provocar uma transição ou troca de organização, se esse for o caso.

No bate-papo, vale trazer informações não só sobre a cultura organizacional, mas também sobre a vaga aberta em si, reforçando o quanto o profissional que preenchê-la poderá ganhar, principalmente no quesito aquisição de novos conhecimentos.

Afinal, a maioria dos profissionais de TI gostam, precisam e querem seguir aprendendo ao longo de suas carreiras e funções.

E a entrevista técnica para por aí?

Não mesmo!

É depois desses primeiros contatos que realmente começa a entrevista técnica, e, geralmente, quem assume todos os trâmites a partir desse ponto é o gerente de área.

Pois como estamos falando já da fase final do processo de seleção, é importante que o líder da área conheça mais sobre o candidato, a fim de avaliar se ele está realmente apto para assumir a vaga.

Vale lembrar que, neste momento, o gestor pode voltar a perguntar algumas questões que já foram validadas pelo RH, pois nada mais justo que o líder da área alinhe as expectativas com o candidato sobre as rotinas diárias de atuação.

É importante frisar aqui que o líder será o grande responsável por selecionar as melhores perguntas para se fazer ao candidato, porque os questionamentos dependerão muito da função que o profissional irá exercer.

Quer um exemplo?

Se ele for atuar em front-end, as questões serão relacionadas ao front. Se for back-end, sucessivamente. Ou mesmo full stack, quando o profissional irá atuar voltado para front e back ao mesmo tempo.

Abaixo, enumeramos algumas perguntas que podem aparecer em uma entrevista técnica para preenchimento de vaga nessas stacks:

1. Sua maior experiência é maior em front ou back-end? Ou full stack?
2. Com quais stacks você tem maior experiência?
3. Quais frameworks você tem maior expertise?
4. Você conhece sobre testes automatizados?
5. Quais foram os principais projetos nos quais você atuou?
6. Tem experiência em desenvolver projetos voltados para produtos ou mais sob demanda?
7. Tem alguma experiência em visão de arquitetura?
8. Trabalha com metodologias ágeis? Se sim, usa mais Kanban ou Scrum?
9. Está acostumado a entender o backlog e as sprints para realizar o desenvolvimento?

Existem outras perguntas que podem surgir em uma entrevista técnica com o gestor?

Sim! Separamos algumas para que você possa se preparar da melhor forma possível:

1. Quais sites, blogs, fóruns você acompanha regularmente? Quais são as suas referências?
2. Qual é a sua formação técnica?
3. Quais habilidades e tecnologias você tem interesse em aperfeiçoar?
4. Quais são os recursos e as ferramentas que você considera relevantes ou simples hypes para sua função?
5. Como reage quando não sabe algo?
6. Em qual linguagem de programação você tem mais habilidade e conhecimento?
7. Você já utilizou o programa X, Y e Z? (essa seria o tipo de pergunta onde o entrevistador vai direto ao ponto, questionando o conhecimento de forma direta no assunto que ele precisa);
8. Quais são as ações básicas para defender um sistema de ataques cibernéticos?

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