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Por que o mercado precisa de mais mulheres líderes na tecnologia?

Publicado: junho, 2022

A área de tecnologia é sabidamente dominada por homens. É praticamente um “clube do bolinha”. Mas, e as “Luluzinhas”? Onde estão? Temos mulheres líderes na tecnologia?

Vamos fazer um pequeno exercício:

Parem por um minuto para pensar nos grandes nomes da tecnologia na história da humanidade. Quem os vêm à cabeça? Elon Musk (Tesla Motors), Mark Zuckerberg (Facebook – Meta), Jeff Bezos (Amazon), Steve Jobs (Apple) e Bill Gates (Microsoft).

E em comum, como já esperado, são todos homens!

Essa mesma curiosa e reveladora pesquisa realizada em meados de 2017, pela consultoria inglesa PWC (antiga PricewaterhouseCoopers), com estudantes das melhores universidades do Reino Unido, mostrou que cerca de 78% dos universitários não conseguiram nomear uma única mulher famosa, que fosse, que se destacasse e trabalhasse com tecnologia.

Esse número reflete e deixa muito claro o desafio das grandes empresas e do mercado de trabalho em geral, que ainda hoje – já adentrando no segundo semestre de 2022 – perpetua a baixa representatividade feminina em altos cargos e nas lideranças dentro do setor de tecnologia e a falta de reconhecimento da importância delas no segmento.

Felizmente (e, finalmente!), apesar da pequena inclusão feminina na onda high tech, um movimento pedindo mais igualdade de gênero em várias frentes dentro das corporações vem ganhando corpo.

É muito importante levarmos em conta que o incentivo no setor está aumentando com o passar dos anos e, atualmente, iniciativas de gigantes do segmento já estão sendo colocadas em prática. O que vemos agora são multinacionais investindo em mulheres líderes na tecnologia.

Uma das maiores empresas americanas do ramo tech, a IBM (International Business Machines Corporation), também endossou essa tendência transformadora, impactante e altamente positiva. Pela primeira vez, em mais de um século de história, eles confiaram a uma mulher o posto de gerente geral no escritório que fica aqui no país.

Pelo mundo, esse movimento também está acontecendo:

  • Companhias como HP, LinkedIn e Google são lideradas por mulheres, na Espanha;
  • Nos Estados Unidos, Sheryl Sandberg sacudiu o mercado ao assumir o cargo de COO do Facebook.

É muito bacana ver toda essa transformação de cultura acontecendo, porém, essa conversão ainda é pequena diante da necessidade que se impõe.

Os esforços investidos até agora não podem parar!

Muito pelo contrário. Eles têm que se intensificar cada vez mais! As lideranças femininas nas mais diferentes áreas, ou seja, não só no setor de tecnologia, tendem a trazer transformações profundamente relevantes para a sociedade moderna.

A atuação da mulher no mercado tech

Bem… agora respondendo, de fato, a questão que dá nome à matéria de hoje, podemos mencionar que as habilidades desenvolvidas pelas mulheres são preciosas para o mundo do trabalho.

Um artigo de pesquisa publicado pelo Center for Economic Policy Research e pelo World Economic Forum analisou 194 países e concluiu que aqueles liderados por mulheres tiveram melhores resultados no combate à pandemia de Covid-19 durante 2020 e 2021, entre elas, a neozelandesa Jacinda Ardern, a norueguesa Erna Solberg, a finlandesa Sanna Marin e a alemã Angela Merkel.

E isso não é por acaso.

Uma característica intrínseca das mulheres é que lideranças femininas tendem a ser mais resilientes, comunicativas e, principalmente, empáticas. E esses atributos serão cada vez mais imprescindíveis em um futuro no qual pessoas seguirão produzindo diante de transformações tecnológicas rápidas e profundas.

Temos que continuar avançando para garantir uma maior participação delas nas organizações — não há dúvidas de que todos nós só teremos a ganhar com isso. Ainda mais agora.

Diante da pressão social; da escassez de mão de obra qualificada no mercado de tecnologia; da percepção de que a inserção de mulheres não é mais uma questão cultural, mas sim uma necessidade da qual toda a sociedade se beneficia; tudo isso somado ao fato de que estamos voltando de uma pandemia mundial onde o novo normal deu ainda mais espaço para a inovação e para o mercado tecnológico, as empresas estão se vendo obrigadas a avançar na promoção da equidade de gênero e reconhecerem o quão urgente é sanar essa dívida histórica.

Acabar com as desigualdades entre homens e mulheres nas mais diversas esferas não é fácil. Assim como o trabalho de mudar uma cultura também não, mas a sociedade já está vendo avanços.

Um bom caminho para a mudança é estabelecer e apoiar os sete princípios de empoderamento das mulheres defendidos pela ONU:

  • Estabelecer liderança corporativa para a igualdade de gênero;
  • Tratar todos de forma justa;
  • Garantir a saúde, segurança e bem-estar das mulheres;
  • Promover a educação, formação e desenvolvimento profissional das mulheres;
  • Implementar o desenvolvimento empresarial que empodere as mulheres;
  • Promover a igualdade por meio de iniciativas comunitárias;
  • Medir e publicar os progressos da igualdade de gênero.

Conclusão

Quanto mais o tempo passa, mais queremos que mulheres sejam lembradas e que conquistem cargos de relevância nos mais diferentes setores de atuação. Queremos mulheres líderes na tecnologia e em outras importantes posições no mercado de trabalho.

Esse é um projeto urgente e compartilhado, que depende da contribuição de toda a sociedade, e que não pode parar.

Não temos mais tempo a perder!

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