Como a LGPD mudou os rumos do mercado de tecnologia

Publicado: janeiro, 2022

Com certeza, 2020 foi um ano de mudanças para as pessoas. A chegada do coronavírus ao mundo, com o status de pandemia, fez com que diversas empresas entrassem de cabeça e de uma vez por todas na era da digitalização, principalmente por conta da adesão do modelo de trabalho remoto.

E foi justamente por esse motivo, que a famosa Lei Geral de Proteção de Dados, também conhecida como LGPD, ganhou força e velocidade em sua implementação.

Você já ouviu falar sobre LGPD? Saberia explicar em detalhes onde e por que ela se aplica? Que setores, serviços e profissionais ela afeta?

Nós preparamos um texto especial para poder te contar um pouco mais sobre esse documento, que entrou em vigor em setembro de 2020, e também para contar como ele revolucionou o mercado de tecnologia.

Vamos lá?

O que é a Lei Geral de Proteção de Dados?

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais estabelece diretrizes importantes e obrigatórias para a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais. Ela foi inspirada na GDPR (General Data Protection Regulation), que entrou em vigência em 2018 na União Europeia, trazendo grandes impactos para empresas e consumidores.

No Brasil, a LGPD (Lei nº 13.709, de 14/8/2018) entrou em vigor em 18 de setembro de 2020, representando um passo importante para o Brasil. Com isso, passamos a fazer parte de um grupo de países que contam com uma legislação específica para a proteção de dados dos seus cidadãos. Diante dos atuais casos de uso indevido, comercialização e vazamento de dados, as novas regras garantem a privacidade dos brasileiros, além de evitar entraves comerciais com outros países.

Fonte: Sebrae

Em resumo, a LGPD é uma lei que tem como fundamento principal proteger a privacidade e a liberdade dos consumidores, garantindo que eles não sejam importunados, por exemplo, por e-mails e ligações não autorizadas.

Quer um exemplo de como funciona essa autorização?

Você provavelmente já navegou por sites e blogs que possuem formulários para baixar materiais ricos, como eBooks e planilhas, não é mesmo?

Neles, quase sempre, são solicitadas informações que poderão fazer com que a empresa detentora do material chegue até você. Abaixo, você confere um exemplo.

Quer garantir que seus dados não sejam compartilhados ou que comunicações não autorizadas encham sua caixa de entrada de e-mails ou seu celular de SMSs e pushs?

Então, fique atento para um item importante: a empresa que construiu o formulário precisa fornecer a você provas de que a Lei Geral de Proteção de Dados está sendo cumprida e, principalmente, levada a sério.

Como verificar isso? Procure pelos famosos textos jurídicos na página onde o formulário foi publicado e por links que comprovem a existência de uma Política de Privacidade dentro da organização em questão.

Mas a LGPD só se aplica a ambientes on-line?

Não! Ela vale para o off-line também. Ou seja, em todas as operações de tratamento de informações realizadas por empresas do ramo privado ou público.

Mas afinal, como a LGPD revolucionou o mercado de tecnologia atual?

Como as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados já estão vigor, estipula-se uma multa que pode chegar a até 2% do faturamento de uma empresa, desde que esse valor não ultrapasse 50 milhões, para aquelas organizações que a violarem.

Diante desse cenário, acentua-se cada vez mais a procura por profissionais especializados em segurança de informação de dados, que saibam como regularizar a situação dos antigos e novos negócios às normativas dessa atual política de privacidade.

E o que faz um profissional de segurança de informação de dados?

O grande objetivo desses profissionais é proteger todas as informações que circulam na rede de uma empresa, a fim de garantir a integridade e a confidencialidade dos dados de seus consumidores.

O papel de um especialista de segurança de informação de dados é muito amplo, mas de um modo geral, podemos dizer que ele já conquistou importantes áreas de atuação dentro da sociedade moderna, com destaque especial para:

• Segurança corporativa: protegendo dados de empresas e realizando auditorias de segurança;
• Segurança forense: participando de investigações criminais, em especial aquelas relacionadas a crimes cibernéticos;
• Desenvolvimento de softwares de segurança: controlando e prevenindo ataques hackers;
• Inteligência de Estado: atuando ativamente em órgãos de segurança do governo.

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