Publicado: junho, 2022
Não! Pagar para se livrar de ataques ransomware não é a melhor estratégia, segundo especialistas em cybersecurity.
Mas, para embasarmos melhor o assunto e explicarmos o porquê dessa resposta, que parece até contraditória, prestem atenção nos próximos parágrafos que preparamos!
Pois bem… o ransomware é um tipo de software malicioso que é usado para negar o acesso ou a disponibilidade a sistemas ou dados; e esses sistemas ou dados são feitos reféns pelos cybercriminosos até que sejam feitos resgates pagos.
Tudo isso começa após os autores da ameaça ganharem a primeira via de acesso a uma rede e, a partir daí, eles implantam o software de resgate nas unidades de armazenamento compartilhadas e outros sistemas que estejam acessíveis na ocasião.
Se as ameaças e o pedido de resgate não forem atendidos, todos os dados criptografados permanecem indisponíveis ou até mesmo podem ser excluídos permanentemente.
Uma tática mais atual que esses grupos de criminosos começou a praticar recentemente é a ameaça de revelar publicamente os dados de terceiros, o que faz a coação dentro das empresas ser ainda mais periclitante.
Poucas situações são tão caóticas e causam tanto burburinho no mercado tech quanto um ataque hacker que interrompe e corrompe sistemas, rouba dados e gera extorsão.
Isso já aconteceu com gigantes gringas, tais como a petrolífera Saudi Aramco e a distribuidora Colonial Pipeline Company; enquanto aqui, no Brasil, nomes como a Lojas Renner e o Grupo JBS estão na lista.
Partindo daí, alguns exemplos de ataques ransomware podem ser citados:
Essa decisão promoveu um impacto significativo em sua infraestrutura já que os custos de reconstrução de todo o sistema ficaram em cerca de US$ 120 milhões. Isso sem considerar os custos em termos humanos devido às mais de 19.000 consultas canceladas!
De acordo com um levantamento da Sophos, feito em abril de 2021, o custo médio de recuperação de um ataque de ransomware era de cerca de US$ 1,8 milhão, enquanto o resgate médio pago é de US$ 170,4 mil.
Por outro lado, essa mesma pesquisa mostra a outra vertente dessa balança, já que apenas 8% das empresas que pagam o resgate conseguem reaver os dados e o funcionamento dos seus sistemas, enquanto destas, 29% relatam terem recebido apenas um pouco mais da metade do que foi perdido.
Sendo assim, levando em consideração os números apresentados, podemos responder à questão levantada já no título da matéria de hoje.
O negócio, no fim das contas, não parece ser tão bom assim, a não ser para os criminosos, que continuam vendo os lucros em alta na medida em que realizam mais e mais ataques (principalmente após a pandemia, já que a era tech e o home office chegaram para ficar!).
Segundo Alexis Aguirre, diretor de segurança da Unisys, pagar o resgate nunca deve ser a primeira ação a ser tomada; primeiro porque no Brasil é contra lei, e segundo, porque 80% das empresas que pagaram resgates foram vítimas de um novo em menos de um ano.
Ademais, não se tem quaisquer garantias de que ao pagar o resgate serão restaurados todos os dados e acessos que estavam bloqueados.
Algumas recomendações podem ajudar a minimizar o risco de uma empresa se tornar uma vítima de ataque hacker, tais como:
Lidar com as consequências dos ataques ransomware em um sistema pode ser difícil, mas reparar o dano após um ataque em toda a rede é muito mais desafiador!
Previna-se!
Invista em um bom plano de cybersecurity, que conte com profissionais munidos de conhecimento e de ferramentas de proteção, ou até mesmo com o apoio de empresas parceiras que sejam especialistas em soluções digitais, que cada dias mais se tornam essenciais para o bom desempenho e segurança de dados nas empresas.
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