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Como lidar com a escassez dos profissionais de tech nos processos de recrutamento e seleção

Publicado: maio, 2022

Já não é nenhuma novidade o fato de a pandemia ter acelerado e aumentado a demanda por profissionais da área de TI e inovação, uma vez que forçou a grande maioria das empresas a se adaptarem ao universo digital e ao home-office.

Ela foi o empurrão que faltava para que as empresas iniciassem a já atrasada “transformação digital” em seus processos e serviços.

Outra questão que também não é nenhuma novidade é a de que o Brasil vem lutando contra as altas taxas de desemprego e, por incrível que pareça, apesar da falta das vagas de trabalho, os setores de tecnologia vêm enfrentando sérios problemas para lidar com a escassez dos profissionais de tech.

E ao que tudo indica, isso só tende a aumentar!

Uau! Mas como isso é possível?

Bem… essa resposta não é tão direta.

Ela requer uma análise crítica no que se refere à atualidade e às novas tendências de mercado, mas para você, caro leitor da 8it, vamos tentar fazer um pequeno resumo.

As startups chegaram para ficar e estão movimentando bilhões em um mercado que o Brasil vem conquistando cada vez mais relevância global.

Só aqui, na América Latina, 70% dos investimentos em startups estão concentrados em nosso país (dados de 2021 do relatório Sling Hub) e esse número só tende a crescer ainda mais!

Ainda, a partir de 2018, nossas sturtups entraram para o distinto grupo de unicórnios, ou seja, empresas que estão avaliadas a partir de US$ 1 bilhão de dólares – e essa quantidade de conquistas e números em expansão estão diretamente relacionadas com o aumento da geração de empregos.

E é aí que está o grande desafio!

Não é a falta de pessoas procurando ofertas de trabalho que está dificultando essas contratações, e sim, do impasse em recrutar profissionais capacitados na área.

De acordo com a Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), o Brasil injeta no mercado 46 mil profissionais de tecnologia por ano. Mas tudo isso ainda não é suficiente no mercado atual.

Eles acreditam que entre o período de 2018 a 2024, a demanda por talentos nas áreas de tecnologia, aqui no país, será de 420 mil pessoas e esses números despertam para a necessidade de formação de mão de obra qualificada no curto prazo.

A necessidade de profissionais que atuem na roda da tecnologia e a faça girar está maior do que a quantidade de especialistas que estão se formando nas áreas de TI.

Ensine-os a gostar de tecnologia!

Atrair jovens estudantes para a área é, ao mesmo tempo, fácil e desafiador. Isso porque para aqueles mais antenados sobre tecnologia há a curiosidade de se envolver mais no assunto – dada tamanha repercussão atual; enquanto outros não veem a TI como opção de trabalho porque acreditam que a profissão seja muito complexa.

Tal visão deve ser mudada o quanto antes, para que a escassez dos profissionais de tech não se complique.

Uma possível sugestão seria a implementação de um programa nas universidades públicas e particulares para incluir conteúdos regulares de tecnologia voltada à TI e análise de dados nas grades curriculares dos cursos potencialmente relevantes para o setor, como é o caso da Engenharia, Ciências e Matemática.

Essa ideia, é claro, ainda precisaria de maior dedicação e aprofundamento para ser apresentada como uma proposta real, mas não deixa de ser um caminho, já que tratar um problema desde a sua base tende a trazer bons frutos.

Agora é que são elas!

Ainda, como já apresentado em um post anterior do blog, inserir e incentivar a representatividade feminina no meio da tecnologia poderia ajudar a diminuir o gap entre a quantidade de propostas de emprego na área e na quantidade profissionais com capacitação para tal.

As mulheres podem (e devem!) ocupar as vagas ociosas de hoje, amenizando o problema da defasagem entre oferta e demanda de trabalho no setor.

E, ainda, com mais mulheres se profissionalizando em TI, a área poderá se desenvolver mais devido à combinação de ideias e conhecimentos de profissionais de ambos os sexos. Isso é diversidade!

Em termos práticos: o que as empresas podem fazer para driblar a escassez dos profissionais de tech?

Segundo o relatório “Worldwide IT Spending 2022”, a partir de informações obtidas junto a multinacionais de todo o mundo, foram previstos investimentos de até US$ 1,3 trilhão de dólares em serviços de TI para este ano de 2022, e esse montante é cerca de 8% maior do que no ano anterior.

Se essa tendência continuar aumentando e nada for feito a respeito, poderemos ter grandes problemas…

Essa previsão apenas nos deixa clara a real necessidade de agilidade na resolução dessa escassez de profissionais de tech, ao passo que as estratégias que a gente acabou de abordar demandam médio ou longo prazo para conseguir chegar ao resultado almejado.

E tempo é tudo o que não se tem de sobra nas empresas, principalmente neste momento de transição offline-online e de competitividade acirrada!

Aguardar a formação de profissionais incubados para, só então, colocar em prática a implantação de soluções de alta performance tecnológica não é, nem de perto, a tática mais assertiva a ser escolhida.

Portanto, além de investir na recapacitação da equipe a partir de treinamentos para novas skills ou na procura por parceiros estratégicos (outras startups ou universidades com profissionais já habilitados para a demanda da vez), uma estratégia imediata poderia ser a terceirização da operação da infraestrutura de TI.

Investir na contratação de fornecedores especializados em serviços de tecnologia, que sejam habilitados a oferecer profissionais mais experientes e atualizados, encarregados de dar mais eficiência, segurança e disponibilidade para a infraestrutura e demais sistemas de dados, tende a ser uma opção vantajosa para as empresas vencerem o desafio da escassez de talentos e manter o ritmo da transformação dos negócios modernos.

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